Lembra quando o placar e o tempo do jogo aparecia só de vez em quando? E as propagandas de cerveja criativas em época de Copa do Mundo? E quando tinha clássico com duas torcidas com direito a bandeira de bambu?
E se recorda quando podia comemorar gols? Pois é amigo, a irreverência fazia parte do nosso futebol,
dentro e fora de campo. Jogadores que provocavam uns aos outros, promovendo o espetáculo sem esse "mi mi mi" de agora.
Hoje seria impossível de se imaginar um Romário dizendo que "O Pelé calado é um poeta", um Túlio Maravilha falastrão, artilheiro e marqueteiro fazendo um gol de calcanhar em uma Libertadores. Quem dirá um diabo loro que atende pelo nome de Paulo Nunes, comemorando seus gols de máscara, que variava desde Tiazinha até Mr. M, ou o animal Edmundo dando aquela reboladinha na frente do Gonçalves. Renato Gaúcho, rei do rio balançando a rede e mandando a torcida se calar e Edilson capetinha batendo embaixadinhas em uma final de campeonato.
Infelizmente assim como em nossa sociedade, o politicamente correto tomou conta do certame esportivo e tudo ficou muito chato. O jogador que celebra gols é punido com cartão amarelo, dribles e provocações viraram sinônimo de desrespeito, entrevistas com respostas prontas e repetitivas. Até as redes sociais são patrulhadas, onde muitos atletas preferem se expressar por lá do que pela imprensa.
Pois é, tudo mudou, algumas coisas para melhor, outras para pior. E o que ficou foram saudades, recordações de momentos inesquecíveis vividos em uma época que nosso amado esporte era pura diversão.
Pra você que assim como eu amava a década de noventa, recomendo o Canal 90
Nenhum comentário:
Postar um comentário